Ela está acostumada a ter uma série de repórteres lhe fazendo perguntas sobre suas habilidades profissionais. No entanto, o que poderia acontecer se a situação se invertesse?
Eleita cantora do milênio pela Billboard, Beyoncé é uma mulher de negócios que gerencia não apenas os palcos, como também é dona de uma grife e de uma empresa de entretenimento, a Parkwood Entertainment.
E é justamente por isso que, em alguns momentos, a artista abandona os palcos e dá origem à sua versão #girlboss, selecionando candidatos, recrutando profissionais e montando um time de respeito.
Quem viveu esta experiência foi Shannon Washington. O relato, que surgiu nas redes sociais há alguns anos, traz a fundo a experiência de uma entrevista de emprego com ninguém mais e ninguém menos que Beyoncé – e este é o mistério que revelaremos hoje.
Tudo começou quando Shannon enviou um e-mail para um grupo de amigos avisando que estava de volta ao mercado de trabalho e buscava recolocação. Ela usou seu networking para saber quem poderia indicá-la a uma vaga e logo recebeu a resposta de um conhecido.
Ele afirmou que havia uma oportunidade para realizar o gerenciamento de um projeto que envolvia criação e produção digital. O trabalho demandava que ela viajasse e a deixaria ocupada por alguns meses, podendo evoluir de temporário para efetivo. Um sonho!
O problema, contudo, era que a vaga era para trabalhar com uma artista cujo nome não havia sido revelado. Todas as informações eram de que a celebridade queria definir sua presença online e trabalhar de perto com um gerente criativo para colocar o projeto em prática.
Assim, durante algumas semanas, Shannon participou de entrevistas por telefone com assistentes, gerentes de marketing e até advogados. Nelas, eram feitas perguntas gerais sobre suas habilidades criativas e de gerenciamento, algo inusitado até então.
Aqui, o primeiro ponto que percebemos é que a equipe de Beyoncé estava interessada nas soft skills da candidata, não apenas no que ela sabia ou não fazer. Nos dias atuais, este é um assunto discutindo amplamente por muitos profissionais, mas na época era bem incomum.
Além disso, Shannon também foi questionada a respeito de sua experiência com figuras públicas. E, uma vez que passou por esta etapa, foi marcada uma entrevista final com a celebridade que a estava recrutando.
O agendamento foi feito em um estúdio de gravação e a artista logo estava pronta para recebê-la, mantendo sua pontualidade e respeitando o tempo cedido pela candidata.
Assim que entrou, Shannon Washington percebeu de quem se tratava e ficou estarrecida. Beyoncé, inclusive, se apresentou para ela com toda a simpatia e assumiu, de pronto, sua postura de mulher de negócios para dar início à entrevista.
Nos vinte minutos seguintes, as duas conversaram ao máximo, como duas profissionais que precisavam conhecer as expectativas uma da outra. Beyoncé tinha perguntas que Shannon deveria responder. E, a partir daí, a jovem expôs suas opiniões e métodos de trabalho.
Clara sobre suas intenções, a artista demonstrou ser mais experiente digitalmente do que se pensa e a candidata chegou a apontar que ela foi “muito agradável e inteligente”, demonstrando empatia nos momentos de nervosismo e sendo assertiva nos questionamentos.
Shannon, no entanto, não foi aprovada. E, diante disso, aponta alguns erros que podem ter sido primordiais. O primeiro deles foi sua tagarelice excessiva. Para a profissional, ela talvez tenha ido muito além e falado sem parar, debatendo as idealizações de Beyoncé, como se as suas fossem melhores.
Este, aliás, é um ponto primordial, especialmente em uma entrevista. Mesmo que suas ideias sejam criativas, não faça com que esta fala soe prepotente para o recrutador. Escute primeiro, observe sua demanda e, então, encontre uma maneira gentil de sugeri-las. Sem exageros.
Outra questão que fez Shannon perder a oportunidade foi um comentário infeliz. Segundo a jovem, ela mencionou que normalmente não marca reuniões às segundas, porque seu day off. “Um grande erro. Eu estava falando com uma das pessoas mais ocupadas do planeta e dei a entender que odeio sacrificar meu tempo para coisas que são importantes”, desabafa.
Isso, definitivamente, não é algo que o dono de uma companhia deseja ouvir. Ele quer acreditar que você está comprometido com a empresa e se isso não aconteceu sequer na entrevista, não será ao longo do projeto que ocorrerá, não é mesmo?
No mais, Beyoncé levou Shannon até a porta e não deu esse feedback negativo. Estas foram conclusões que a própria profissional percebeu, mas que servem de relato para que possamos aprender com seus erros.
E você, o que faria de diferente se tivesse esta chance?