O Drex é a moeda digital do Banco Central do Brasil (BCB). Ele é uma representação digital do real e será usado para pagamentos eletrônicos, como transferências bancárias, pagamentos de contas e compras online.
O Drex é baseado na tecnologia blockchain, que é uma rede de computadores que armazena registros de transações de forma segura e transparente. Isso significa que o Drex é muito seguro e confiável, e pode ser usado para realizar transações financeiras sem intermediários.
O Drex ainda está em fase de desenvolvimento, mas o BCB espera que ele esteja disponível para o público em geral até o final de 2024.
As autoridades monetárias e organismos internacionais ao redor do mundo estão atentos ao crescente uso de transações financeiras com ativos digitais (“tokenização” de ativos) nos anos recentes. De fato, uma parte significativa de bancos centrais, que representam quase a totalidade do PIB mundial, está estudando, explorando ou testando sistemas para a emissão de moeda digital de banco central (Central Bank Digital Currency – CBDC em inglês), com propósitos e arranjos variados.
O Banco Central do Brasil (BC) vem desenvolvendo várias ações voltadas para a emissão em formato digital da moeda brasileira, originalmente chamada de Real Digital e, doravante, denominada Drex. A partir de resultados de um grupo de trabalho criado em agosto de 2020, o BC divulgou as diretrizes para o desenvolvimento do Drex (Diretrizes do Real Digital, maio de 2021). No segundo semestre do mesmo ano, o BC realizou a série de seminários virtuais (“webinários”) para discutir com a sociedade as potenciais aplicações do Drex.
Além disso, o BC conduziu, ao longo de 2022, uma análise detalhada de potenciais casos de uso do Drex, por meio do LIFT Challenge Real Digital, em parceria com a Fenasbac. Em 2023, como resultado das lições aprendidas com o LIFT Challenge, o BC revisou as diretrizes para o desenvolvimento do Drex em fevereiro e, a partir de março, iniciou os testes com uma plataforma-piloto para operações com a moeda digital soberana, o ‘Piloto Drex’, com duração prevista até fim de 2024.
Adicionalmente, o BCB realizou o Workshop “A tokenização das finanças: dos criptoativos às moedas digitais de bancos centrais”, em parceria com a Fenasbac em maio de 2023. Em julho de 2023, 16 grupos representativos do mercado financeiro começaram a ser incorporados aos testes do Drex.
Plataforma Drex
O BC busca promover a eficiência dos mercados financeiros e a inclusão financeira por meio da criação do Drex, cuja versão de varejo será provida por intermediário financeiro regulado. Na prática, a Plataforma Drex é um ecossistema de registro distribuído (em inglês Distributed Ledger Technology – DLT), no qual intermediários financeiros regulados converterão saldos de depósitos à vista e em moeda eletrônica em Drex, para que os seus clientes tenham o acesso a vários serviços financeiros inteligentes.
Assim, o Drex de varejo viabilizará o acesso da população a vários tipos de transações financeiras seguras com ativos digitais e contratos inteligentes liquidadas em Drex de atacado, emitido pelo BC dentro da Plataforma Drex.
Democratização financeira
Os serviços financeiros inteligentes, por serem automatizados, programáveis, padronizados e conduzidos de forma segura dentro da Plataforma Drex, abrirão espaço para novos provedores de serviços financeiros e novos modelos de negócios. Dessa forma, a criação do Drex reduzirá os custos de transações financeiras tradicionais e inovadoras, favorecendo, em última instância, a democratização financeira.
Fonte: Banco Central do Brasil